A Delegacia Regional de Garanhuns, que
atende cerca de 20 cidades do Agreste Meridional, fechou as portas na
noite desta terça-feira (01 de julho). As ocorrências policiais que
por ventura ocorram durante o plantão deverão ser encaminhadas para
Caruaru. É a primeira vez que a 18ª DESEC fecha as portas. O motivo
ainda não está totalmente claro mas, a julgar pela nota do Sinpol, tem a
ver com negativa de Policiais Civis e Delegados de trabalharem sob o
regime do PJES (programa de jornada extra de segurança/ hora extra),
estabelecido pelo Governo do Estado dentro das ações do Pacto Pela
Vida.
O Sinpol alega que o PJES – O
Programa de Jornada Extra da Segurança supre a necessidade de garantir
mais policiamento sem aumentar o efetivo da polícia através de concurso
público. Na Polícia Civil, a Central de Plantões, as forças tarefa e
delegacias especializadas só funcionam porque os policiais civis
utilizam suas horas de descanso para cumprir jornadas extras e isso
traz prejuízo ao andamento da atividade policial e a saúde do servidor.
Um policial pode trabalhar até oito “cotas de PJES” por mês. Como uma
cota significa 12 horas de trabalho seguidas, os policiais chegam a
acrescentar 96 horas por mês à sua jornada para garantir pouco mais de
R$ 1.400 ao seu salário.
Nesta quinta (02/07), os policiais
civis fazem protesto contra o PJES, no Recife, em frente à Secretaria
de Planejamento (Seplag). O ato inicia-se às 8h00min, e posteriormente
segue em passeata até o Palácio do Campo das Princesas, onde toda a
categoria entregará formulários se negando a trabalhar no Programa de
Jornada Extra da Segurança (PJES).
NOTA DO SINPOL ( SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DE PERNAMBUCO) SOBRE O FECHAMENTO DA REGIONAL EM GARANHUNS
"UM BREVE RETRATO DA REALIDADE – na noite de hoje, pela primeira vez na história da cidade, Garanhuns não tem uma Delegacia de Polícia aberta para atender à população. Com o abandono em massa do PJES(programa de jornada extra de segurança/ hora extra) a Delegacia que atende às 20 cidades da região está de portas fechadas. O atendimento de todas as ocorrências da região será feito em Caruaru.
Esse é o resultado inacreditável do descaso do governo do Estado e a realidade em que se encontra a Polícia Civil de Pernambuco.
Todo o marketing posto abaixo em um só dia! 95% dos Policiais abandonaram o programa pelo fato do Governo não pagar os valores devidos, estabelecidos na Constituição Cidadã de 1988. Não há as mínimas condições para o funcionamento da maioria absoluta das delegacias do Estado.
O atendimento policial baseado na exploração dos trabalhadores policiais civis foi encerrado. Inicia-se uma nova fase de conquistas e valorização. Não seremos esquecidos."
Fonte - Agreste Violento, com acréscimo de informações do V&C Garanhuns
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