Por Jandira Feghali*
O PSDB chega ao poder na década de 90 e viabiliza um projeto
de venda das principais estatais do Brasil jamais imaginado pelos corações
patriotas. A Era FHC promoveu o maior ataque privatista ao patrimônio nacional.
Puseram despudoradamente à venda gigantes como a Vale do Rio Doce, a Companhia
Siderúrgica Nacional e a Telebrás. Ao todo, foram “incineradas” 125 empresas em
todo país.
A Vale, por exemplo, foi vendida em 1997 pelo ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso por míseros US$ 3,558 bilhões, a mesma quantia que
atualmente costuma lucrar em apenas um único trimestre. Não foi uma venda, mas
uma verdadeira entrega, quase uma “doação”.
Mesmo distantes da Presidência da República, após quatro
fracassos seguidos nas urnas, tentam a qualquer custo avançar em seu projeto
entreguista em prol de empresas internacionais. Parece piada que alguns
partidos brasileiros ajam de acordo com os interesses imperialistas de outros
países, principalmente os Estados Unidos. Um alinhamento fervoroso.
Ao menos cinco projetos de lei, todos de autoria da oposição
na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, tramitam atualmente com o objetivo
de reduzir a exploração da Petrobras nos campos do pré-sal. Se aprovados,
reduziriam drasticamente o lucro da empresa brasileira e extinguiriam
investimentos do governo federal em saúde, educação e aportes para o Fundo
Social, regras já avalizadas pelo Parlamento. O impacto, segundo especialistas,
seria de R$ 150 bilhões.
Além disso, a empresa deixaria de investir em conteúdo
nacional, de forma que a construção de novas plataformas e outros projetos
poderiam ser encomendados lá fora, gerando menos empregos e tecnologia aqui.
Parece má-fé diante das dificuldades na economia: recentemente, mais de mil
empregados de estaleiros no Rio de Janeiro foram demitidos.
É fato que a oposição se tornou uma máquina de ataque ao
Brasil. Diante da prolongada ressaca das urnas e do desespero pelo poder,
flertam com o golpismo de grupos que atentam contra os pilares mais básicos da
democracia. Ou seja, além de tentar retomar a entrega de nossas riquezas, os
tucanos atentam contra o Estado Democrático de Direito ao fazer coro a grupos
que pedem o retorno da Ditadura ou impeachment – bandeira sem sustentação
técnico-jurídico. A intolerância, o preconceito, inclusive de gênero e o ódio
têm sido a tônica.
Nossa voz tem sido de resistência na defesa da democracia, do
mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff e da soberania do país.
Este é um chamado público a todas as forças progressistas que reconhecem e
valorizam o voto, a liberdade de expressão e a importância da manutenção do
patrimônio brasileiro.
É o momento de nos unirmos contra todos os golpes e na defesa
de nosso país. Na política e na vida, é preciso ter lado, com a coragem
necessária para impedir que os derrotados nas urnas voltem ao poder sem a
legitimidade do voto popular, mas no tapetão.
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