domingo, 11 de novembro de 2018

Pesquisa da USP indica que medicamento para tratar hepatite pode curar chikungunya


Um medicamento utilizado para tratar a hepatite C crônica é capaz de eliminar o vírus da chikungunya e da febre amarela. O estudo é realizado por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Todos os testes para uso humano do Sofosbuvir já foram realizados e com isso é possível que a substância seja empregada em uma eventual epidemia de chikungunya.
Para um dos pesquisadores, o professor Lúcio Freitas-Junior, a utilização do Sofosbuvir para o tratamento da chikungunya é interessante porque o processo para a obtenção de um novo fármaco é demorado, levando em torno de 12 anos, e caro, podendo chegar a R$ 1,5 bilhão. “O Sofosbuvir é uma droga que passou por todo o processo de aprovação para uso humano. Isso possibilita que ela venha a ser utilizada contra a chikungunya em um ou três anos. O custo seria muito menor, estimado em cerca de US$ 500 mil”, disse.
A doença apresenta quadro semelhante ao da dengue, mas porque pode provocar sequela, dores articulares altamente debilitantes, que se estendem por meses ou anos. Essas sequelas podem também incapacitar a pessoa a exercer sua atividade profissional e até mesmo a sair da cama. A prefeitura de São Paulo anunciou que antecipará para a próxima semana o lançamento do plano de combate ao mosquito Aedes aegypti e reforçará o efetivo de agentes de saúde envolvidos na ação. Normalmente as campanhas são lançadas em janeiro, informou o BN.

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