A decisão de colocar Haddad para fazer campanha em lugar de
Lula, que está preso em Curitiba, demorou a ser tomada. Durante alguns dias,
parte do PT —a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, entre outros—
defendia que o ex-prefeito não ocupasse esse espaço porque poderia passar a
ideia de que o partido já havia desistido da candidatura Lula.
Foi necessária a interferência direta do ex-presidente que,
na semana passada, em conversa com Gleisi e com o próprio Haddad, determinou
que o ex-prefeito deveria sim ser colocado em evidência.
“De fato tivemos uma discussão sobre a estratégia da
colocação da chapa, mas não tivemos discussão sobre esconder Haddad, Manuela ou
quem quer que seja. Seria um erro crasso nosso”, afirmou Gleisi em entrevista
ao final da reunião.
O PT irá acelerar a circulação de Fernando Haddad como
representante da chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a
sequência de viagens do ex-prefeito de São Paulo, que foi registrado nesta
quarta como candidato à vice-presidente, começará na próxima terça-feira, pelo
Nordeste, em Estado ainda a ser definido.
Em uma reunião na sede do PT em Brasília, os candidatos a
governos estaduais, apoiado pelo PT pediram que se “O prazo é curto, são sete
semanas apenas. Tem que começar imediatamente a pedir voto junto ao povo. Quem
decide a eleição, pelo menos até mudar a lei, é a população. Haddad tem que ir
onde o povo está. Precisa ir para rua para ganhar eleição”, defendeu o
governador da Bahia, Rui Costa, candidato à reeleição.
O ex-prefeito começará as viagens na próxima terça-feira,
pelo Nordeste. Ainda não está decidido qual será o primeiro estado a ser
visitado —Bahia, Piauí e Ceará estão entre as alternativas.
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