segunda-feira, 1 de abril de 2013

“O Santo Sudário é a prova da ressurreição de JESUS Cristo

Durante a Semana Santa, a Paixão de Cristo fica em evidência e, diante disso, muitas reflexões são realizadas, em especial, sobre o Santo Sudário. A Sagrada Face de Cristo, como transparência do seu mistério interior, é um tema central na pregação de São Paulo e em diversas escolas de espiritualidade. Sobre isto, o grande Apóstolo fez uma de suas mais fortes afirmações: “Nele habita corporalmente a plenitude da divindade” (Cl 2,9). Essa plenitude deriva do ser de Cristo, cuja fisionomia, embora sofrida, machucada e desfigurada ainda faz transparecer a divindade.  
O anatomista e cirurgião plástico brasileiro, José Humberto Cardoso Resende, que criou a Associação do Santo Sudário de Jesus, localizada na Ilha de Guaratiba, explicou um pouco da história sobre o pano de linho puro que envolveu o corpo de Jesus Cristo.  
— Os condenados, na época de Jesus, não eram enterrados, mas jogados aos abutres. José de Arimatéia, que era um homem bom e participava do sinédrio – uma mistura de câmara e senado –, achou um absurdo um inocente, um homem que só fez o bem e diversos milagres, ter o corpo jogado fora. Ele pediu a Pilatos o corpo de Jesus e o mesmo, sabendo de sua influência, o deixou levar para ser enterrado no túmulo que pertencia à sua família. (...) Quando retiraram Jesus da cruz, aproximadamente às 18h, ele já estava com rigidez cadavérica precoce, pois havia morrido às 15h. A partir daquele momento, com muito carinho, Jesus foi colocado no pano de linho puro, que era maior do que é hoje, pois alguns pedaços foram cortados para dar de lembrança como relíquia, tendo em vista que o Sudário era a maior relíquia da cristandade, contou José Humberto.  
Membro da Academia Brasileira de Belas Artes, José Humberto
se destacou mundialmente no estudo da relíquia por reproduzir com pintura, no corpo de seu filho, o advogado Paulo Marcos, as supostas feridas de Cristo visualizadas na mortalha. O trabalho ajudou a esclarecer o real sofrimento de Jesus, ao mostrar como ficaria uma pessoa que levou as mesmas chibatadas. A inovação no estudo do tecido sagrado lhe rendeu prestígio na comunidade internacional dos sudaristas e o médico foi convidado para integrar um grupo de estudiosos que reúne diversos especialistas.  
Única foto no mundo com inversão fotográfica
— O Santo Sudário era a maior relíquia da cristandade até a descoberta da fotografia. Depois da fotografia é que teve início toda a polêmica. (...) O pano com sangue, encontrado no Santo Sepulcro após a ressurreição de Cristo, foi dobrado e, num primeiro momento, ficou guardado com Maria Madalena. Logo depois, passou para São Judas Tadeu, que o levou para
Constantinopla, tornando-se um “prêmio” de quem ganhava as guerras. E isso se estabeleceu durante mil anos. Milhares de pessoas venderam tudo o que tinham para ver o Sudário. Isso terminou em 1889, com a descoberta da fotografia. Com a finalidade de fazer santinhos do Santo Sudário para distribuir às pessoas, o então Papa da época, Leão XXIII, deu a ordem para fotografar o pano e, ao revelar a foto, descobriu-se que o negativo era positivo e o positivo era negativo, tornando-se o Sudário a única fotografia no mundo que tem inversão fotográfica. No negativo tinha um homem de frente e de costas, deitado naquele pano. Era tão perfeita a figura de Jesus que até o Papa duvidou e quis verificar se alguém havia pintado, por ser muito nítido, destacou.    
O Sudário guarda os sinais e as recordações da Paixão, nos traços de Cristo que ficaram gravados nele. Contemplando o rosto tão ferido pela coroa de espinhos, encontramos os sinais do
sangue que jorrou abundantemente da testa perfurada. Dos olhos semi-fechados, descem marcas das lágrimas derramadas pela humanidade. Surpreendentemente, a fisionomia parece serena e nobre, demonstrando, assim, a amorosa entrega da própria vida, sem que Jesus jamais tenha perdido o domínio da situação: Ele é o Senhor, mesmo na mais degradante flagelação ou coroação de espinhos.  
— O Santo Sudário é a prova da ressurreição. Tem grande importância para toda a cristandade, pois é a última prova viva, palpável, da ressurreição de Jesus Cristo. Não temos outra prova que não seja o Santo Sudário. Existe um corpo no Sudário, ou seja, uma imagem de frente e de costas, mas muitas religiões, por ignorância, são contra imagens e existe uma dificuldade em aceitar. O Santo Sudário, hoje, está em Turim, numa caixa feita pela NASA, porque da última vez , quando estava na Catedral de São João, houve um incêndio criminoso para destruir o Sudário,
para destruir a única prova da ressurreição de Jesus; logo, acho importante ele continuar como está, pois podem tentar novamente destruir a prova da ressurreição, ressaltou José Humberto.  
Outra grande verdade é que a imagem sofrida do Sudário complementa-se com outra figura de Cristo: seu rosto glorioso. Houve pintores que tentaram traduzir essa glória, manifestada no Tabor (cf. Lc 9,28-36), porém sem sucesso, pois a glória de Jesus é tão extraordinária que não é passível de reprodução.  
* Colaboração: Marcylene Capper
* Foto: Reprodução da Interne

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