Daniela Mercury foi a responsável pelo momento mais político do Festival de Inverno de Garanhuns. Em seu show, a cantora defendeu o Movimento Passe Livre, criticou o racismo que ainda persiste no Brasil e avisou ao público que a Organização das Nações Unidas (ONU) criou uma campanha internacional contra a homofobia. Enquanto isso, nas ruas da cidade, ninguém aproveitou um evento tão grande para fazer protestos.
O show de Daniela foi excelente durante a primeira metade, quando ela valorizou a percussão e o samba-reggae. Depois, quando a cantora insistiu na MPB e no rock brasileiro, com excesso de covers (Legião Urbana, Raul Seixas, Titãs, Chico Science, Belchior, etc), seu diferencial foi diluído.
Antes dela, a Eddie mostrou que pode fazer todo mundo dançar sem precisar de rádios ou mídia televisiva. Suas batidas contagiantes, com ingredientes de frevo, rock e reggae, contagiam até mesmo os que não conhecem a banda. Erasto Vasconcelos (suas músicas Baile de Betinha e Guia de Olinda são verdadeiros clássicos), Karina Buhr e Isaar (Desterro, de Reginaldo Rossi, encontra a perfeição em sua voz) complementaram o show com participações essenciais.
Fagner apresentou uma sequência de clássicos (Cartaz, Borbulhas de amor, Revelação, Notunro e outras) e ainda fez belas homenagens a seu amigo Dominguinhos com A morte do vaqueiro e Quem me levará sou eu. Do Blog do Diário de Pernambuco
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