Um
consumidor de Rio Claro (SP) encontrou um objeto estranho dentro de
uma garrafa de cerveja da marca Skol neste sábado (21). A bebida seria
consumida em um bar, mas Rogério Gomes percebeu o problema antes de abrir a
garrafa. O site G1 que deu a notícia tentou contato com a assessoria
de imprensa da Ambev, mas não encontrou ninguém para comentar o caso.
Assim que
pegou o vasilhame, o consumidor percebeu que havia algo de errado. O líquido
estava turvo, com várias partículas e uma substância maior. Gomes, que é
formado em química, não soube definir exatamente o que era poderia ser o corpo
estranho.
“Fui abrir a
garrafa e apareceu o que a gente chama em química de sólidos suspensos, parecia
uma falange de um dedo. E eu falei, tem alguma coisa errada. Acho que deve
algum problema no processo de fabricação, o que é bem preocupante devido aos
coliformes fecais. Fiquei preocupado comigo e com todo mundo que está
consumindo isso”, relatou.
Gomes
conferiu a data de fabricação e viu que a cerveja ainda está dentro do prazo de
validade. O químico disse que ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor
(SAC) da empresa. O atendente sugeriu a troca, mas ele não aceitou. “A empresa
não se preocupou com o lote, com quem está consumindo, não se preocupou com
nada”, afirmou. “A providência seria retirar todas as garrafas deste lote
imediatamente do mercado e depois ver um parecer do que aconteceu”, disse o
consumidor.
Para um
consumidor pouco atento o objeto poderia até passar despercebido, já que a
garrafa é escura. É somente contra a luz que o corpo estranho em meio ao
líquido fica mais nítido. De todas as unidades que estão na geladeira do bar,
apenas uma pertence ao mesmo lote da garrafa que apresentou problema. O dono do
estabelecimento, que prefere não se identificar, pretende entrar em contato com
o fornecedor que fez a venda.
Segundo as
informações da tampa e do rótulo da garrafa, a cerveja foi produzida e envasada
na unidade de Jaguariúna (SP), na região de Campinas.
Denúncia
O
coordenador de Vigilância Sanitária, Agnaldo Pedro da Silva, disse que o
consumidor pode formalizar a denúncia e o órgão encaminhará ao Ministério da
Agricultura e Abastecimento, que responde pelas cervejas.
O consumidor
disse que não iria fazer boletim de ocorrência. “Eu acho que é um caso isolado,
eles vão resolver, mas vão ter que me provar que nunca mais ocorrerá algo desse
gênero no produto deles”, afirmou.
A assessoria
de imprensa da Ambev foi procurada, mas ninguém foi encontrado para comentar o
caso. Em contato com o SAC no fim da tarde deste sábado, a atendente informou
que o ocorrido com o produto pode ter sido provocado devido ao armazenamento ou
transporte incorreto do próprio estabelecimento onde foi efetuada a compra, ao
qual o produto pode ter ficado exposto ao sol, chuva, local abafado ou até
mesmo ter sido congelado e descongelado. Isso pode ter feito com que o produto
criasse uma aglomeração dos próprios ingredientes causando essa sedimentação.
“Como foi
informado que o produto permanece lacrado, o que podemos fazer é retirá-lo para
uma análise para saber o que realmente ocorreu com ela e após a retirada nós
levamos outra unidade com perfeitas condições de consumo. Se vão ser tomadas
alguma providência em relação ao mesmo lote, eu não tenho nenhum tipo de
informação”, informou a atendente.
Informações: G1
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