quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

BOA NOVA_ Mercado de restauração ecológica dá os primeiros passos, em Pernambuco.

Expectativa é que, até o fim deste ano, produtores de mudas, compradores e órgãos de fiscalização ambiental estejam articulados, trabalhando  para contribuir com o plantio de árvores nativas e gerando renda para pequenos viveiristas de mudas nativas da Mata Atlântica.

A preocupação com a sustentabilidade tem levado os governos e os grandes empreendimentos a se preocuparem com a restauração ecológica. Essa ação, também chamada de compensação florestal se dá, em sua maioria, pela instalação de Áreas de Preservação Permanente – APPs e Reserva Legal – RL. Para a criação dessas APPs e RLs é necessário a produção de mudas nativas. Esse produto, até então, só era encontrado em São Paulo, onde essa cadeia produtiva está bem desenvolvida. Por meio de um projeto Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) promoveu a formação técnica, a organização de viveiristas e a articulação entre compradores, órgãos de fiscalização, fazendo de 2015 um ano de boas perspectivas para o início da movimentação desse mercado produtivo. Agora, Pernambuco dá os primeiros passos para aquecer esse mercado verde.  
O grupo de produtores, organizados por meio da Associação Nordestina de Produtores de Muda – Muda Nordeste, além da qualificação – cursos, intercâmbios e visitas técnicas-, hoje, encontra-se apto a atender as demandas por restauração no Estado do ponto de vista formal Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). Os produtores integrantes também receberam qualificação em gestão financeira, visando iniciarem um plano de negócios na área do mercado produtivo de restauração ecológica.

Segundo a análise do Técnico responsável pelo Projeto Pilar, Gabriel Fávero, na prática, a demanda poderia ser bem maior. “Se todos os empreendimentos do estado que devem algum passivo ambiental, cumprissem com a adequação prevista na lei, haveria uma demanda muito grande por serviços de restauração, gerando oportunidades trabalho e renda para quem faz esse tipo de serviço na região. Precisamos avançar para estruturar esse mercado, que favorece o meio ambiente, a sociedade e o Estado”, reflete.
O  2º Workshop sobre Oportunidades de Negócios em Restauração Ecológica na Região da Mata Atlântica ao Norte do Rio São Francisco discutiu a importância  da estruturação desse mercado, promovendo um encontro entre os diversos atores que compõem essa cadeia produtiva da restauração: produtores de mudas, compradores e os órgãos de fiscalização ambiental.

A articulação entre esses atores representa um maior fluxo de demanda produtos e serviços de restauração, e consequentemente, geração de empregos verdes e renda para pequenos produtores de mudas nativas, empresas que executam plantios e profissionais da área, prevê o Técnico responsável pelo Projeto Pilar , Gabriel Favero.


O Projeto foi realizado em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), com o apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). A ação se desenvolveu na porção que restou da Floresta Atlântica que cobre parte dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, região chamada de Corredor de Biodiversidade do Nordeste (CBNE).

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