A maioria destes nordestinos é da cidade de Saloá, existem
milhares de Saloaesses em Florianópolis e Balneário Camboriú em busca de ocupações,
outro dia um deste irmão postou no fecebook que La existe grande numero de
pessoas da terrinha, que se juntasse daria para construir outra Saloá em Santa
Catarina.
Não é novidade pra ninguém o clima de ódio que o país vive,
principalmente depois das duas eleições presidenciais vencidas pelo PT. Além do
ódio mais recente pelos defensores de Lula e Dilma, existe outros mais antigos:
contra negros, gays, lésbicas e também nordestinos. Principalmente nas redes
sociais, o que se viu pós eleição, foi um enxurrada de agressões contra as
pessoas daqui dessas bandas. Analfabetos, comedores de calango, terra seca,
barriga verde, cabeças chatas, ignorantes, eram algumas da "pérolas"
que éramos (e somos) chamados.
Ignorantes, intolerantes, xenófobos e um monte de gente ruim,
não é privilégio de lugar nenhum no Brasil ou no mundo. Em todo lugar tem o que
presta e o que não presta. O que se nota é que os antes camuflados odiosos,
agora parecem querer sair do armário da intolerância. Talvez influenciados
pelos Bolsonaros, Felicianos e Malafaias da vida, pessoas que ocupam cargos
públicos ou de destaque na sociedade agora fazem questão de bater em quem não
lhe agrada. Mas falar mal com algum sentido, até que é tolerável. Pode-se não
concordar, mas se tolera.
O site Diário do Centro do Mundo hoje nos trás uma matéria da
sua colaboradora Aline Torres, sobre um "iluminado" presidente de
sindicato de hotéis e restaurantes, que quer desviar a atenção sobre a
incompetência dos órgãos públicos e pessoas da sua terra, e que jogar a culpa
das suas mazelas nos trabalhadores nordestinos.
Abaixo a matéria:
“Florianópolis é uma das cidades mais bonitas do Brasil.”. Têm
praias de mar gelado e bravio, outras de águas mansas, cachoeiras escondidas
por montanhas, trilhas pela Mata Atlântica, onde na primavera florescem os
guarapuvus, árvores símbolo. Tanta exuberância vira isca para os turistas. A
capital de Santa Catarina recebe em média 1,5 milhão de pessoas no verão.
A alta procura favoreceu a vitória no prêmio Viagem e
Turismo, da Editora Abril, como “a melhor cidade de praia do país”,
divulgado no final do ano passado. E a fama não é apenas nacional. O Ministério
do Turismo publicou que o município está entre os três destinos mais visitados
por estrangeiros. O Norte da Ilha é reduto de argentinos e uruguaios. Na Lagoa
da Conceição estão os europeus e norte-americanos, fisgados pela badalação e
pelo surfe.
No Tripadvisor, Florianópolis aparece em 4° lugar nas buscas.
A descrição no site internacional acentua a visão comum “É um destino cada vez
mais procurado devido às suas praias perfeitas, os frutos do mar deliciosos e a
combinação de uma cidade grande e moderna com fortificações coloniais”.
Mas o que os turistas não sabem, e as autoridades fingem não
saber, é que Florianópolis é uma cidade poluída. Das 42 praias da Ilha, 30
estão contaminadas, ao menos em algum ponto.
A realidade oposta à publicidade tem provocado protestos. No
dia 18, cerca de cem jovens argentinos caminharam pelas areias de Canasvieiras
gritando “Vamos lutar pela nossa praia!”. Não foram ouvidos. Os
outros hermanos estão cancelando as diárias desde que descobriram que a
epidemia de virose pode ter relação com o esgoto jogado a céu aberto.
Em um extremo da praia fica o Riacho Beatriz, assoreado e
alvo de ligações clandestinas; do outro, o Rio do Brás, contaminado pela Casan
(Companhia Catarinense de Água e Saneamento), órgão responsável pelo tratamento
dos dejetos, mas que por ineficiência os despeja no mar. No centro desse
cenário de descaso estão os banhistas. Mascarados.
Segundo a coordenação da Unidade de Pronto Atendimento do
Norte da Ilha, desde o dia 7 foram atendidas mais de mil pessoas com diarreia,
dor abdominal, febre e vômito. A Dive (Diretoria de Vigilância
Epidemiológica) informou que 70% dos infectados frequentaram praias do Norte da
Ilha. Na contramão, a Prefeitura de Florianópolis divulgou que 80% dos
casos de virose não têm relação com o mar. O motivo seria a má alimentação.
O presidente do
Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis,
Tarcísio Schmidt culpou os nordestinos. Em entrevista à Rádio Gaúcha, disse que
a poluição não é tão grave, que as pessoas exageram, e que o problema é o
queijo coalho vendido pelos migrantes. “Eles vendem esses negócios. Vai
saber se está limpo. Eu na praia só como picolé”, disse.
Porém, não é o cheiro
do queijo que faz os turistas usarem máscaras em Canasvieiras. Essa foi a
solução encontrado contra o fedor de esgoto.
Enquanto empresários e moradores do bairro protestam por
saneamento, para que a qualidade da vida e dos negócios seja mantida, o
secretário estadual de Turismo Filipe Mello afirma que essa é a melhor
temporada dos últimos anos.
Ele disse que não há motivo para insatisfação, já que há
outras praias além de Florianópolis. Esqueceu que uma a cada três de Santa
Catarina, analisadas pela Fatma, também estão degradadas. Uma mancha escura no
Rio Perequê, em Porto Belo, pode interditar as cidades da Costa Esmeralda-
Bombinhas, Porto Belo e Itapema.
E nesse mar de sujeiras os principais envolvidos são órgãos
vinculados ao governo. A Fatma é alvo de ações do Ministério Público
Estadual por liberar a ampliação da estação de tratamento da Casan, em
Canasvieiras, sem qualquer estudo de impacto ambiental. E ignorando o relatório
entregue pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade).
As pesquisas dizem que o vazamento de esgoto não atinge
apenas as praias, mas o Rio Papaquara, que deságua na Estação Carijós, uma das
maiores reservas ambientais do Estado, cujos cursos d’água estão conectados
com a principal bacia hidrográfica de Santa Catarina, a do Rio Ratones,
que por conseqüência polui a Baía Norte, tão contaminada quanto a Baía Sul.
Nessas fazendas submersas crescem as maiores produções de
ostras e berbigões do Brasil. Banhados por águas infectadas, os alimentos
são importados, inclusive, para o Nordeste".
Fonte:
Por Junior Almeida e DCM.
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