Episódio
histórico foi lembrado em diversas homenagens promovidas pelo IHGCG, por meio
das Comissão do Memorial do Centenário da Hecatombe
As atividades tiveram início logo pela
manhã quando o “Grupo de Amigos Caminhantes do Parque” saíram pelas ruas da
cidade em caminhada, até a chegada à loja de atendimento da Companhia Pernambucana
de Saneamento (Compesa) — sede da antiga cadeia pública da cidade. No local, os
caminhantes foram recebidos pela Orquestra Manoel Rabelo que executou o hino do
Garanhuns e logo após foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem aos
mortos na centenária tragédia.
O momento contou com a presença do
prefeito em exercício, Haroldo Vicente, de integrantes da Comissão do Memorial
do Centenário da Hecatombe e representantes das famílias vitimadas no massacre
de 1917. “O fato é marcante não apenas para Garanhuns, mas para todo
Pernambuco, já que foi uma das maiores tragédias políticas do estado. A
comissão surgiu com esse objetivo, de resgatar figuras que foram importantes
durante o episódio. Para que a população tome conhecimento do outro lado da
história, não apenas da violência da hecatombe”, declarou o presidente da
Comissão do Memorial, o professor Cláudio Gonçalves.
Através de uma parceria com a Compesa,
a sede da instituição permitiu que a comissão organizasse uma homenagem por
meio de uma placa, que foi instalada na entrada do prédio onde ocorreu a
chacina. Dentre os mortos no episódio estava o coronel Júlio Brasileiro,
prefeito eleito na época e que não pode tomar posse por ter sido assassinado no
dia 14 de janeiro daquele ano. “É importante ressaltar que apesar da tragédia,
o que prevalece é a paz. O fato ficou na história do município, mas aquilo que
houve no passado não reflete em nosso futuro. Nessa data realmente não há
comemoração, a família apenas segue enlutada pelos cem anos da tragédia”,
declarou o representante da família Brasileiro, o controlador municipal,
Glauco Brasileiro.
Complementando as atividades do
centenário da Hecatombe foi realizado um culto na Igreja Presbiteriana Central,
às 10h, e uma missa na Catedral de Santo Antônio, às 19h30. Além das
celebrações religiosas a bandeira do município foi hasteada a meio mastro no
dia de hoje, em frente ao Palácio Celso Galvão. Até o dia 31 de janeiro segue
aberta para visitações a exposição “Hecatombe de Garanhuns”, das 08h às 17h, na
sede do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns (IHGCG).
O que foi a Hecatombe - O episódio, que
aconteceu em 15 de janeiro de 1917, ficou marcado por ser uma série de
assassinatos de comerciantes e políticos. O resultado da eleição teria motivado
os assassinatos. Sales Vilanova, opositor político, matou o então prefeito
eleito, Júlio Brasileiro, no dia 14 de janeiro, no Recife, capital do Estado.
As outras pessoas foram assassinadas dentro da cadeia pública, onde estavam sob
guarda. Os documentos mostram que mais de 15 pessoas foram mortas no período.
por AQUILLES SOARES
15 de janeiro de 2017
Fotos: Aquilles Soares e Jacqueline
Menezes – (Secom/PMG)
Nenhum comentário:
Postar um comentário