quinta-feira, 7 de junho de 2018

“Revoltados” agricultores de casa de farinha fecham a BR-423 por fica sem trabalhar em Lajedo.


Um grupo de trabalhadores de casas de farinha de Lajedo, no Agreste de Pernambuco, realizam um protesto na manhã desta quinta-feira (7) no quilômetro 58,3 da BR-423 por causa da interdição de estabelecimentos na cidade. Eles alegam que estão impedidos de trabalhar e se sentem prejudicados.

Na semana passada, uma fiscalização realizada pelo Grupo Móvel especializado no combate ao trabalho escravo, formado por representantes do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Federal, interditou as máquinas de quatro casas de farinha em Lajedo e uma em Jupi.

As atividades foram suspensas nas casas de farinha por causa de irregularidades encontradas. De acordo com o MPT, das cinco unidades visitadas, apenas uma tinha registro de atividade (CNPJ), o que faz com que não seja formalizado o vínculo de trabalho. A maioria dos trabalhadores não tinha carteira assinada. Apesar disto, nenhuma teve o trabalho escravo caracterizado.

 Segundo o MPT, as pessoas que trabalham no descasque da mandioca - a maioria mulheres - ficam sentadas em bancos de madeira, sem altura ou suporte adequados para mãos e braços, com os joelhos cobertos com borracha ou um tecido mais grosso, onde apoiam a mandioca para corte e descasque. As facas utilizadas são extremamente amoladas e as trabalhadoras não utilizam luvas. 

Na etapa em que a mandioca é prensada, também foram detectadas irregularidades. Em todas as unidades todas as máquinas foram interditadas porque não seguiam as normas regulamentadoras, oferecendo riscos de choque elétrico, corte e esmagamento de partes do corpo a quem as operava. Já os trabalhadores dos fornos em que a farinha é assada não utilizam equipamentos de proteção. 

Com informações do Ne10

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