O senador Armando Monteiro (PTB-PE) ocupou a tribuna nesta
quinta-feira (14) para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da
denúncia do Ministério Público de corrupção passiva na edição da Medida
Provisória de incentivos à indústria automotiva. O petebista declarou-se
“inconformado” com “a tentativa de criminalização” da MP 471, editada em
novembro de 2009, porque a iniciativa representou uma política de
desenvolvimento regional de sucesso, beneficiando o Nordeste e o Centro-Oeste.
Armando lembrou que a MP 471, originária de Medidas
Provisórias baixadas no governo Fernando Henrique Cardoso, contou com amplo
apoio do Senado, sendo aprovada unanimemente por todos os partidos, incluindo
vários senadores da oposição à época, como Artur Virgílio (PSDB-AM), Tasso
Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (DEM-RN). O senador enfatizou que a
prorrogação dos incentivos fiscais às montadoras determinada pela MP 471
resultou na instalação das fábricas da Ford na Bahia, da Mitsubishi e da
Hyundai em Goiás, da Troller no Ceará e, mais recentemente, da Fiat Chrysler em
Pernambuco.
“Quebrou-se o paradigma de que a indústria automobilística
não era viável nas regiões menos desenvolvidas do País”, assinalou Armando,
para quem a matriz industrial do Nordeste deu um salto expressivo, não apenas
pela instalação das montadoras, como de centros de alta tecnologia a elas
vinculados, como ocorreu com a Ford na Bahia e irá ocorrer com a Fiat Chrysler
no Recife.
A política de desenvolvimento regional estimulada pela MP
471, destacou Armando, transformou a realidade sócio econômica das
microrregiões beneficiadas, gerando empregos de qualidade, estimulando a
formação e atração do capital humano pela elevada densidade tecnológica dos
empreendimentos, trazendo desenvolvimento econômico e social para as regiões
menos favorecidas.
O senador petebista frisou que, no caso específico da
Fiat Chrysler em Goiana, na Zona da Mata Norte, implantada por força da MP 512,
do final de 2010, na prática uma prorrogação da MP 471, foram investidos cerca
de R$ 8 bilhões. Salientou que a linha de produção, o parque de
fornecedores e os serviços gerais geraram cerca de 10 mil empregos, dos quais
78% ocupados por pernambucanos.
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