A realização do 3º Agosto das Juventudes, evento organizado
pelo Fórum das Juventudes de Pernambuco (Fojupe) com o objetivo de denunciar
violações contra esse segmento e reivindicar direitos previstos no Estatuto da Juventude, foi tema de pronunciamentos na
Reunião Plenária desta quinta (22). Os deputados Doriel
Barros (PT) e Juntas (PSOL)
usaram a tribuna para convidar os colegas a participarem do ato marcado para
esta sexta (23), às 13h, no Parque 13 de Maio, Centro do Recife.
De acordo com o petista, a data foi escolhida em alusão ao 12
de agosto, Dia Internacional da Juventude, conforme definido pela Organização
das Nações Unidas (ONU). “Jovens do campo e da cidade vão às ruas contra o
fascismo e pela democracia”, afirmou Barros. “Neste momento particular do
Brasil, vão reivindicar e dizer que não aceitam ser tratados da maneira como o
Governo Federal vem fazendo. Um país que desrespeita sua juventude está
condenado a não ter um futuro decente.”
O deputado ainda informou que, a partir das 16h, os
participantes sairão em marcha pelo centro da Capital pernambucana com destino
ao Armazém do Campo, na Rua do Imperador, onde ocorrerão apresentações
culturais. “Esse segmento importante da população está vendo suas oportunidades
serem reduzidas com os cortes na educação e o desemprego, o que penaliza
principalmente os jovens pobres e negros. Eles são também os principais alvos
da violência crescente”, prosseguiu Barros, que parabenizou o Fojupe pela atividade.
JUNTAS – “Será um momento de protesto, tendo em vista
situação de desigualdade em que vive essa população.” Foto: Roberto Soares
Na sequência, a codeputada Jô Cavalcanti cobrou a
implantação, em Pernambuco, do Plano Estadual de Juventude, concluído em 2018. “Não há
documentos de avaliação desse projeto. O comitê gestor e o intersetorial não
foram efetivamente instalados, e a política pública nunca foi executada como
previsto.”
Ela leu, na tribuna, as principais demandas do Fojupe. A
lista inclui o fomento e o fim da repressão das atividades culturais nas
periferias. “Os jovens tentam se manifestar culturalmente nas favelas e são
coibidos, a exemplo dos que fazem o ‘passinho’”, explicou a representante das
Juntas. A violência policial, a ausência de políticas de combate ao racismo, a
precarização do ensino e do transporte público, além das dificuldades de acesso
ao mercado de trabalho também foram mencionadas. “Todas essas reivindicações
são legítimas e urgentes”, frisou.
“Será um momento não só de celebração pela pauta, mas também
de protesto, tendo em vista a situação de desigualdade em que vivem os jovens
no Brasil e no Estado. Estaremos presentes no ato amanhã e convidamos todos e
todas para participar”, concluiu Jô Cavalcanti.
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